quinta-feira, 23 de julho de 2009

PARIR, EU? Veja o nascimento de outra forma!

Hoje iniciaremos com uma postagem interessante sobre o tema nascimento e a visão do nascer e ser nascido.
E aí, você nasceu ou foi nascido?
Não deixem de comentar sobre o tema!

Um abraço

Moderação!


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Parir.........eu?

Realmente parece loucura para as mulheres. Parir é uma ato mágico. A vagina é uma heroína: como pode se relaxar para permitir a saída de uma coisa tão grande e depois ainda conseguir se contrair para a entrada de outra tão menor*? (* menor, jamais "pequena", em respeito à coisa.)

Além de mágico, é um ato fálico e, porque não, até orgástico. Só não é um ato médico, definitivamente. Alguém chama o médico para ver se está transando da maneira adequada para a concepção? Alguém pede opinião se a pressão feita ao toilete é adequada para a prevenção de lacerações e hemorróideas? Então... para que realmente o médico tem que ficar vigiando o parto? Existe algo mais fisiológico do que nascer? Alguém por acaso não passou por isso? Tem alguém aí que não nasceu? Ah, tem sim. Tem gente que nasceu de cesárea. Este não nasceu, "foi nascido" por alguém. Problemas pessoais à parte, nascer é outra coisa.

Nascer é nascer, ora. É fletir a cabeça e ser ejaculado útero afora por contrações que independem do querer materno, médico ou do próprio ser nascido. Não há como prever a hora, a duração do período dilatatório ou expulsivo! É um ato único, pessoal. É nascer. Depois de nascido, aí sim; se a fralda vai ser "pampers" ou de tecido, se vai ou não furar a orelha assim que sair da maternidade, se vai beber leite de mãe ou da "nestlê"; aí sim: dá para escolher, dá para prever. Aí sim, depende. Depende de onde, de quem e como nasceu. Mas, no nascer, nem a própria mulher é dona de coisa nenhuma. É preciso que ela compreenda: nem ela é dona deste momento. E, se ela não é dona, muito menos o doutor o é.

Mas ele ? ? ?... Ah... o doutor....

Ele tem incrível fascínio por ser o dono. Por dominar o nascimento, por recepcionar e ter a sensação de que ele trouxe o nascimento. E l e o f e z .
Um mágico com poderes de transformar barrigas contráteis em bebês que choram. Então, para isso, ele tem que usar de seus apetrechos médicos: ocitocina, soro, scalp, maca de parto, litotomia, episiotomia, manobra de Cristeler, foco luminoso, fórceps.... quando não o bisturi e lá se vai o doutor pelas sete camadas buscar o coelho no fundo do chapéu e comemorar a realização de mais um "show da vida" ao fim do curativo.

Mas...

Parir é realmente uma loucura. Não se aprende fácil. Muita ficha tem que cair. Aliás, tornar-se mulher já não é fácil. Como se cólicas e sangramento não bastassem, agora ela tem que ser mulher. Não falam o que é isso, mas ela tem que ser. Após algum atropelo ela se situa e até gosta de ser mulher. Afinal, ela é realmente uma linda mulher. E aí chega o tal possuidor do que ela sempre precisou e nem tinha consciência. E aí continuamente sem consciência ela se apaixona. Se apaixona e voltam as cólicas. Mais cólicas, náuseas e vômitos..... e.....UAU! Ela é mulher mesmo, está grávida. Se está grávida, é porque soube usufruir da sua feminilidade, da sua vagina e do seu corpo sensual. Até aqui tudo ia muito bem, parece que o corpo só mudou para melhor. E de agora em diante? Vai ter estrias? O que vai acontecer com toda esta pele esticada na sua barriga depois? Como a vagina vai ficar depois do parto?

P A R T O ? ? ? ?

"Ah não, isso não se usa mais..."

ELA NÃO VAI PARIR!

Não quer parir! Já se acha bem crescidinha para continuar nesse círculo "mulherífico" puberdade-cólicas- menstruação-sexo-gravidez e então resolve pular a próxima etapa, e pede ao doutor uma cesariana.
O doutor, felicíssimo da vida, adora o pedido. Porque aí...aí não precisa desmarcar o consultório, não precisa ficar de sobre-aviso, não precisa acordar de madrugada. Felizmente poderá dar seu show em horário nobre, com tudo programado e estéril, com a rapidez e eficiência exigidos pelo mundo moderno. E, se possível, já deixar marcada, para, em seguida à cesareana, a lipoaspiração.

Porque, P a r t o?

"Ah não, isso não se usa mais".

Dra. Quésia Tamara, médica obstetra humanista em Belo Horizonte - MG.

Histórias de mulheres de verdade, que tiveram a alegria de parir seus filhos sem interferências desnecessárias.



FONTE:

http://www.pbh.gov.br/smsa/bhpelopartonormal/

3 comentários:

  1. Texto perfeio e maravilhoso!

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  2. Olha adorei o blog, só que dizer que uma pessoa não nasceu porque foi cesariana ai fiquei muito triste com está visão, pra mim isso é preconceito porque as vezes o risco e tão grande que a cesariana e a salvação de uma vida!!

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  3. Concordo em gênero, número e grau: "dizer que uma pessoa não nasceu porque foi cesária, é preconceito e IGNORÂNCIA! Porque ás vezes o risco é tão grande que a cesária é a salvação de uma vida!
    Onde ela pode ser a única opção, se não existisse, muitas vidas não teriam sido salvas!

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