domingo, 26 de julho de 2009

Humanização do parto

Olá!
Você sabe o que significa humanização do parto?
Humanizar o parto é vc tomar as rédeas da situação, é você ocupar o espaço que lhe pertence no nascimento, no parir.
O médico ou a parteira são apenas coadjuvante, já que quem faz o parto é a mulher e não o médico.
Surpresa com isso?
Iniciaremos agora uma série de postagens neste blog acerca da humanização do parto.
Começaremos com uma reportagem do médico humanista DR Ricardo Jones (RIC JONES) acerca da humanização do parto.


Boa leitura e não deixem de comentar!

Moderação
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O QUE É HUMANIZAÇÃO DO PARTO


Existe um movimento no mundo inteiro no sentido de reforçar estas teses. Aqui no Brasil temos a Rede pela Humanização do Parto e Nascimento que é nossa principal ferramenta de aglutinação de profissionais de várias áreas interessados na modificação do atendimento à mulher no ciclo gravido-puerperal. Entretanto percebo que ainda não possuímos uma definição concreta e precisa do que entendemos por humanização, a ponto de um médico que me parece claramente um "intervencionista" tradicional auto-proclamar-se "humanista". Porque?

Na minha ótica, (e desde já pretendo colocar que se trata apenas de um viés absolutamente pessoal e que apenas pretende iniciar um debate sobre a questão) quando abordamos este assunto temos que compreendê-lo na sua origem, nas raízes, fugindo tanto quanto possível da pueril superficialidade que aparece aos nossos olhos. O equívoco que a mim parece evidente nas palavras do meu professor é que ele não tem conhecimento do que seja o projeto de humanização no seu sentido amplo e profundo.

Quando ele fala em humanizar está se referindo a tratar com mais gentileza e "humanidade" as pacientes nos Centros Obstétricos; refere-se a uma abordagem menos agressiva e mais racional do manejo das internações. Porém eu considero humanização do nascimento algo muito mais profundo do que isso. Vai além de fazer um centro obstétrico mais arejado, enfermeiras e atendentes sorridentes ou colocar vasos de flores nos quartos.
Humanização do Nascimento tem a ver com a posição em que a cliente/parturiente ocupa neste cenário. Neste sentido humanizar tem a ver com feminilizar. Enquanto o nascimento for manejado de forma masculina ele nunca será verdadeiramente humanizado. É inadmissível que um fenômeno tão intrinsecamente feminino seja gerenciado por pressupostos tão marcadamente masculinos! Se a paciente se mantém como objeto, como indivíduo passivo, como alguém sobre a qual recaem as forças cegas e desorganizadas da natureza, necessitando por isso um cuidado intensivo no sentido de salvá-la do seu destino cruel, então nem 1 milhão de flores, rosas, jasmins, cravos, orquídeas e nem milhares de sorrisos benevolentes tornarão este parto um parto humanizado.
O que torna um parto humanizado, ao contrário do manejo alienante que encontramos nas nossas maternidades, é o protagonismo conquistado por esta mulher. A posição de cócoras, a presença do marido/acompanhante, a diminuição de algumas intervenções sabidamente desnecessárias, o local do nascimento, etc. não são suficientes para tornar um nascimento "feminino e humanizado". É necessário muito mais do que isso.

Não existe humanização do nascimento com mulheres sem voz. É preciso que esta mulher, consciente da sua posição como figura central no processo, faça valer seus direitos, sua autonomia e seu valor. O que torna um obstetra (ou profissional do parto) humanista ou não, é a capacidade de estimular a participação, o envolvimento efetivo e a condução deste processo a quem de direito: a mãe. Sem estes requisitos de nada adiantam maternidades lindas, belas, arejadas, limpas, assépticas, com enfermeiras gentis e sorridentes.

Usando como exemplo a questão prisional, uma penitenciária não se torna humana simplesmente varrendo as celas e oferecendo roupas limpas aos detentos. Nem tampouco com carcereiros gentis e sorridentes. Ela se torna humana se a lei é bem aplicada, se não ocorre injustiça na aplicação das penas, se os presos tem os seus direitos respeitados.
Desta forma, muito mais importante que a humanização da forma, é necessário instituir a humanização dos conceitos. É fundamental construir uma visão nova, que resgate este protagonismo perdido pela tecnocracia dogmática e fechada do cientificismo religioso. Sem este delineamento do que concebemos por humanização ficaremos todos tratando por um mesmo termo conceitos completamente diversos.

Enfim, o projeto de humanização do Parto e Nascimento inicia-se por uma definição clara do que entendemos por "humanizar", para que a partir de conceitos firmes e sólidos possamos construir um modelo mais justo e adequado para as mulheres, sua família e seus filhos.



Dr. Ricardo Herbert Jones Médico Homeopata, Ginecologista e Obstetra, Porto Alegre, RS

quinta-feira, 23 de julho de 2009

PARIR, EU? Veja o nascimento de outra forma!

Hoje iniciaremos com uma postagem interessante sobre o tema nascimento e a visão do nascer e ser nascido.
E aí, você nasceu ou foi nascido?
Não deixem de comentar sobre o tema!

Um abraço

Moderação!


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Parir.........eu?

Realmente parece loucura para as mulheres. Parir é uma ato mágico. A vagina é uma heroína: como pode se relaxar para permitir a saída de uma coisa tão grande e depois ainda conseguir se contrair para a entrada de outra tão menor*? (* menor, jamais "pequena", em respeito à coisa.)

Além de mágico, é um ato fálico e, porque não, até orgástico. Só não é um ato médico, definitivamente. Alguém chama o médico para ver se está transando da maneira adequada para a concepção? Alguém pede opinião se a pressão feita ao toilete é adequada para a prevenção de lacerações e hemorróideas? Então... para que realmente o médico tem que ficar vigiando o parto? Existe algo mais fisiológico do que nascer? Alguém por acaso não passou por isso? Tem alguém aí que não nasceu? Ah, tem sim. Tem gente que nasceu de cesárea. Este não nasceu, "foi nascido" por alguém. Problemas pessoais à parte, nascer é outra coisa.

Nascer é nascer, ora. É fletir a cabeça e ser ejaculado útero afora por contrações que independem do querer materno, médico ou do próprio ser nascido. Não há como prever a hora, a duração do período dilatatório ou expulsivo! É um ato único, pessoal. É nascer. Depois de nascido, aí sim; se a fralda vai ser "pampers" ou de tecido, se vai ou não furar a orelha assim que sair da maternidade, se vai beber leite de mãe ou da "nestlê"; aí sim: dá para escolher, dá para prever. Aí sim, depende. Depende de onde, de quem e como nasceu. Mas, no nascer, nem a própria mulher é dona de coisa nenhuma. É preciso que ela compreenda: nem ela é dona deste momento. E, se ela não é dona, muito menos o doutor o é.

Mas ele ? ? ?... Ah... o doutor....

Ele tem incrível fascínio por ser o dono. Por dominar o nascimento, por recepcionar e ter a sensação de que ele trouxe o nascimento. E l e o f e z .
Um mágico com poderes de transformar barrigas contráteis em bebês que choram. Então, para isso, ele tem que usar de seus apetrechos médicos: ocitocina, soro, scalp, maca de parto, litotomia, episiotomia, manobra de Cristeler, foco luminoso, fórceps.... quando não o bisturi e lá se vai o doutor pelas sete camadas buscar o coelho no fundo do chapéu e comemorar a realização de mais um "show da vida" ao fim do curativo.

Mas...

Parir é realmente uma loucura. Não se aprende fácil. Muita ficha tem que cair. Aliás, tornar-se mulher já não é fácil. Como se cólicas e sangramento não bastassem, agora ela tem que ser mulher. Não falam o que é isso, mas ela tem que ser. Após algum atropelo ela se situa e até gosta de ser mulher. Afinal, ela é realmente uma linda mulher. E aí chega o tal possuidor do que ela sempre precisou e nem tinha consciência. E aí continuamente sem consciência ela se apaixona. Se apaixona e voltam as cólicas. Mais cólicas, náuseas e vômitos..... e.....UAU! Ela é mulher mesmo, está grávida. Se está grávida, é porque soube usufruir da sua feminilidade, da sua vagina e do seu corpo sensual. Até aqui tudo ia muito bem, parece que o corpo só mudou para melhor. E de agora em diante? Vai ter estrias? O que vai acontecer com toda esta pele esticada na sua barriga depois? Como a vagina vai ficar depois do parto?

P A R T O ? ? ? ?

"Ah não, isso não se usa mais..."

ELA NÃO VAI PARIR!

Não quer parir! Já se acha bem crescidinha para continuar nesse círculo "mulherífico" puberdade-cólicas- menstruação-sexo-gravidez e então resolve pular a próxima etapa, e pede ao doutor uma cesariana.
O doutor, felicíssimo da vida, adora o pedido. Porque aí...aí não precisa desmarcar o consultório, não precisa ficar de sobre-aviso, não precisa acordar de madrugada. Felizmente poderá dar seu show em horário nobre, com tudo programado e estéril, com a rapidez e eficiência exigidos pelo mundo moderno. E, se possível, já deixar marcada, para, em seguida à cesareana, a lipoaspiração.

Porque, P a r t o?

"Ah não, isso não se usa mais".

Dra. Quésia Tamara, médica obstetra humanista em Belo Horizonte - MG.

Histórias de mulheres de verdade, que tiveram a alegria de parir seus filhos sem interferências desnecessárias.



FONTE:

http://www.pbh.gov.br/smsa/bhpelopartonormal/

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Iniciando o blog...


Iniciamos o blog, com uma postagem de boas vindas a todas.
Esperamos que vc goste deste cantinho que preparamos pra todas vocês com muito carinho.
Esperamos que vocês gostem daqui, traremos sempre notícias sobre o tema preparação pra gravidez, concepção, gravidez, parto, pós-parto e filhos atualizadas pra vocês poderem usar no dia-a-dia de vocês.
Sejam todas bem-vindas!
A GRAVIDEZ É O MOMENTO MAIS ESPECIAL DA VIDA DE UMA MULHER. É ONDE ELA SE TORNA DOIS SERES NUM SER SÓ. A ALEGRIA DO POSITIVO, O BEBÊ CHUTANDO SEU VENTRE, A DESCOBERTA DO SEXO, O PARTO E O PÓS-PARTO... TUDO ISTO FAZ DA GESTAÇÃO O MOMENTO MAIS SUBLIME DA VIDA DA MULHER! (by Aninha)